I-LXXIV Jaezes de vida e morte
Com o mundo tirado de minhas costas, mal me movo ainda.
Com a minha verdade transformada em distância,
ainda perco-me sem esperança.
O fundo da realidade perfeita sem que me convença,
pois não necessita que funcione, nem que eu seja este com meu nome.
E quando, sobre a distância, me sinto cansado,
olho para trás e me sinto abalado.
Abandonei tudo para descobrir o que foi tudo,
e, talvez, se eu confiasse, ao invés de evoluir,
eu seria feliz, pois hoje sou corpo do que jaz aqui.
No fim, mantive minha idoneidade,
ansioso por quem me ame por esta verdade.
Em que parte da história eu seria, se não tenho sido e não serei?
Constranjo-me por mentiras que criei, temo ser responsável
por um futuro que matei.