Flores do meu leito
Não quero
Olho em volta e estou sozinha ao vento
Onde todas as angústias me rodeiam e o vento forte me arrepia
Será que a sanidade está querendo partir?
Onde o colo não poderá me aquecer e as falsas palavras do ouvido já poderão alcançar
Oh, pobre alma, que para o inferno caminha, onde está seus pais?
Porque se distanciou de si mesma em busca de sabor?
Onde mais haverá sabor nesta vida? Vida? Onde ela está pois não a vivo, não a conheço como os demais.
Estou aqui, ainda sozinha, mesmo com doses altas de mentiras
A vida e uma bela moça de vermelho, sorri apenas para os favorecidos e de boa família
Onde os pobres de espirito jamais poderão alcançar
Onde a fome os matará
De amor é seu vestido e seus lábios gritam flores
as mesmas que cobriam meu leito, quando enfim eu partir.