Montesquieu X
Meio do meio.
Certa vez fomos ao Restaurante de costume e não encontramos atendimento.
O chef já tinha ido embora.
Deslocamos pra outra opção.
Era o meio da tarde.
Olhei no cardápio do outro Restaurante e achei muito caro.
Disse ao garçom que costumávamos pedir noutro lugar - meio lula.
Por causa do requinte dali se seria possível nos servir - meio do meio.
Depois do vai e vem deles tentando entender, o que só o bolso sabia.
Espalhei o garçom da mesa, alegando nem estou com fome.
Podes me servir um cafezinho.
A senhorinha tomou um drinque, e fomos embora antes que os garçons executassem qualquer plano.
Em casa.
Enquanto a senhorinha banhava.
Soltei a pérola:
- Fiquei nervoso porque tou com fome!
Verdadeiramente o bolso sabe que acabou.
Lula nunca antes permaneceu tão inteiro.
O vai e vem.
De quem tenta entender.
A fome e sede de justiça.
É por causa do meio do meio.
(O QUE NÃO FAZ PARTE DO CARDÁPIO)
Manifestações cessam à medida da lucidez.
Embora sempre haja um preço certo...
Nada mais atual pra sentenciar este caos.
Ao nosso ver.
Do que as formidáveis linhas.
Compostas em 1977.
O saudoso músico capixaba - Sérgio Sampaio.
(às quais extraio na íntegra da Internet)
"NINGUÉM VIVE POR MIM
Fui tratado como um louco, enganado feito um bobo
Devorado pelos lobos, derrotado sim
Fui posto de lado e fui um marginal enfim
O pior dos temporais aduba o jardim
Como um rato de bueiro, como um gato de calçada
Velho mendigo da rua, cão de butiquim
Disse adeus e fui embora, nada é mais ruim
O pior dos temporais aduba o jardim
E eu, boêmio cantor da lua
Doido que não se situa
Fui procurar viver além de mim
E eu, simples cantor solitário
Entre malandros e otários
Vivo o que sou, ninguém vive por mim
Tudo tem seu preço exato, ninguém vai pagar barato
Tudo tem seu peso certo, tudo tem seu fim
Escapei da armadilha, agora estou aqui
O pior dos temporais aduba o jardim
Fui pro mato sem cachorro, numa de ou mato ou morro
Enfrentei um osso duro, duro de roer
Escapei dessa quadrilha, agora estou aqui
O pior dos temporais aduba o jardim
E eu, boêmio cantor da lua
Doido que não se situa
Fui procurar viver além de mim
E eu, simples cantor solitário
Entre malandros e otários
Vivo o que sou, ninguém vive por mim
Tudo tem seu preço exato, ninguém vai pagar barato
Tudo tem seu peso certo, tudo tem seu fim
Escapei dessa armadilha, agora estou aqui
O pior dos temporais aduba o jardim
Fui pro mato sem cachorro, numa de ou mato ou morro
Enfrentei um osso duro, duro de roer
Escapei dessa quadrilha, agora estou aqui
O pior dos temporais aduba o jardim
E eu, boêmio cantor da lua
Doido que não se situa
Fui procurar viver além de mim
E eu, simples cantor solitário
Entre malandros e otários
Vivo o que sou, ninguém vive por mim
E eu, boêmio cantor..."