Revolta.

Revolta.

Já estou sentindo dores, os meus rins gritam por piedade, minha face esta estampa a aceitação, pois, de que vale viver?

Só quero me ver livre, deixar esse corpo descansar, voltar ao que fora, fazer valer a essência da vida de tantos que minha vida massacrou.

Débora, familia, merecem...!

Estou cheio de ser o que não sou, farto dessa mascara insalubre para agradar, e pior, manter-me num teto. Maldito dia em que não pude mais pagar meu aluguel, maldito dia em que pedi por ajuda, agora, vejo o preço de todo insucesso e decisões tomadas neste hemisfério.

O que fui... Não conta como desconto

O que fiz... Não vale de nada na hora de pagar.

Então, o que me resta ser... .

Estou chorando em soluços, tentando afogar essa infeliz caminhada, criando lama a cada gesto dedicado, sendo culpado por uma vida inútil onde pousa a soberania de uma alma que se intitula boa.

Preciso morrer!

Estagnado estou...

Peço a Deus, se ele tiver um mínimo de misericórdia, acabe com esta desgraça de uma vez por todas...

Texto: Revolta.

Autor: Osvaldo Rocha

Data: 26/10/2022

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 27/10/2022
Código do texto: T7636666
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