Culpa.

Culpa.

Por onde andou, sinto a brisa da saudade, de quando brincávamos de correr na areia branca, com pés descalço, fita no cabelo, e, um sorriso criança. Esperei ver aquela criança outra vez, no tempo escuro o destino se torna intrometido separando vidas.

Contudo, o que à trouxe de volta?

Será que sentiu falta dos castelos, desse olhar hoje apagado, dos segredos guardados a sete chaves, ou, lembrou-se dos beijos, tão doces, tão rápidos, do nossos nomes gravados na parede, recordando uma parte de nós que ficou.

Por onde passou, não existiu nada que te segurasse?

As intermináveis estradas nos ligaram ao esquecimento, fechando trilhas, onde este olhos verdes banhou-se em lágrimas. Confiante no teu retorno, lembro nós dois quando o frio adentra o quarto, suplicando pela liberdade, no fogo que ainda arde de glórias passadas...

Estamos aqui, enfrentando nossos fantasmas, sombras de um amor inacabado, almas vagando separadas, pela covardia dos atos, consolando a tentativa de culpar um ao outro...

Texto: Culpa.

Autor: Osvaldo Rocha

Data: 09/09/1999

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 27/10/2022
Código do texto: T7636665
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