Sandra I.
Sandra I.
Embora confuso quanto ao meus sentimentos, ultimamente, estou pensando muito em você, no momento que respiro, como, e, falo...
Nada sei sobre de onde veio, como chegou, aqui... E penso:
"Seria covardia ter medo de viver, e, se viver não seria suicídio...
A luta entre o racional e o emocional, confunde-se com o dias...
Nesta situação, que, se encaixa perfeitamente como as peças de um quebra-cabeça, onde as peças não se perdem, apenas, se encontra entre palavras e gestos ganhando vida a cada encaixe... Então:
Quem é você?
Que me enche de alegria quando perto, e, vazio na distância...
Torna-se infinita, as horas que fluem devagar, cada segundo é uma navalha cortando-me o peito, abrindo passagem para a ansiedade...
Um dia falou-me que queria ter o dom de ler meus pensamentos, talvez não tenha, mas, com certeza estar presente, temo a exata hora deste presente, temo o desconhecido diante do futuro, e, de certo, temo deixar o passado adentrar confundindo os sentimentos, temo a incerteza que trás seus toques, o seu sorriso, a claridade das palavras frente as opiniões alheias, temo por nunca penetrar seu olhar...
Silencio-me cada vez que trocamos olhares, buscando falar nos gestos palavras para entender tudo que sentimos um pelo outro.
A água que mata minha sede, nesse deserto em que me encontro sem seus beijos, oceano o qual mergulho quando estou en seus braços, vivenciando mistérios e incertezas.
Nada. Apenas os sentimentos me atormentam, quando estou distante essa ansiedade de ver-te a toda hora... O que é isso?
Digo-te mais, ainda que possa ser capaz de escapar, ter forças para não sucumbir a seus encantos, buscaria no infinito, toda vil tranquilidade de viver essa promessa.
Ruas, estradas, poeiras, se encontram a meu redor, mas, quando te encontrei, um vento fez varrer toda iniquidade em meu mundo.
A beira me encontrei pensando em nós, ao longe pude contemplar um gavião voando alto, sua suavidade no voar, me colocou envolto nos seus braços, um rio descia a serra banhando as margens o meu redor, molhei o lábios, seria você beijando-me nesse exato momento de desejo...
Um folha dança ao sabor do tempo, como a primeira vez do amor consumado, uma lágrima então cai dos meus olhos, pela saudade de sua face, confunde-se com a chuva passageira, há campos verdes a minha frente, são meus olhos em busca dos seus...
Por onde andas?
Passa uma moto por mim, a velocidade são meus pensamentos desesperado core em sua direção, esta insuportável a sua falta, devo deixar a covardia e enfrentar essa paixão ainda que me traga dores futuras, pois, quem não abraça a vida, tende esmagar a alma...
Texto: Sandra I.
Autor: Osvaldo Rocha
Data: 18/09/2003