Enfim

Todos temos um ponto fraco. Uma possível ruptura.

De onde anseiam pelo escape dezenas de demônios

Endiabrados figurados; Reflexões de um um pobre coitado

Que chove em si mesmo e troveja em teu âmago

Mas não traz nenhum brilho de raio em seu olhar.

Uma máquina, na definição mais mundana possível

Sem qualquer tipo de avanço que a destaque das demais

Apenas um vai e vem, engrenagens inúteis em circuitos inválidos

Como se houvesse qualquer coisa a conduzir.

Quem sabe, então, um espantalho?

Um rascunho barato, de feição descartável

Pois não há necessidade de definição.

Sua função é estar, não ser.

E assim, é

Por que sim.

Enfim.

Com cada gota, como conta gotas

Que precisamente derrama a quantia certa;

Com cada trovejo, que o solo reverbera;

E sem qualquer luz escapando por qualquer fresta,

Renasço. Cresço. Me desfaço e desapareço.

Num ciclo contínuo, infindável

E menos suscetível a quebrar.

E não há pesar em dizer:

Há muito o que melhorar.

Cada pedaço, quando junto, constrói algo maior

Algo inevitável

Uma curva tão acentuada que estoura as barreiras

E se agiganta em terra de mediocridades

Atingindo, então, seu potencial

Teu lugar entre as estrelas

Onde foi feito para estar.

E mesmo nesse eterno flutuar

Ter a razão e plena consciência

De que cada ponto brilhante

É alguém que já não é

No sentido de ser, não de estar

Já que é esse nosso fim

Por que sim.