A Segunda Chance.
A Segunda Chance.
Fiz-me noite, para ver seu amanhecer...
Fiz-me amanhecer, para viver seu entardecer...
Fiz-me entardecer, para anoitecer nos seus braços...
Sou a quem chamam de amor,
Sou o brilho de quem amou,
Sou quem se apagou por amar demais...
Do toque, a seda...
Do corpo, o êxtase...
Da alma, a chama...
Há um navio em pleno oceano, cujo as velas dançam ao sabor do vento, um capitão a deriva, traça um curso sem destino, ao um horizonte de incertezas...
Dessa conquista, fui o prelúdio...
Da ação, fui o efeito...
Dessa ideia, fui todo um conceito...
Do tormento, você foi calmaria...
Da solidão, você foi a companhia...
Da tristeza, você foi minha alegria...
Além desse infinito, há um porto...
Nesse porto, encontrarei abrigo...
Desse abrigo, seus carinhos...
Mas...
Por me entregar, fui saqueado...
Por me expor, fui aprisionado...
Encarcerado, fui condenado a forca...
As lembranças nos tornam reféns de uma vida inerte...
O pensamento nos mostra a barbárie de conjurar a perda...
Na perca, desejei-lhe naufrágios...
Então...
Quem sabe um dia.
Em outras embarcações. Navegando em mares desconhecidos, nós, cruzaremos velas ao por do sol, e, vejamos enfim, que, embora tantas pilhagens de teor infrutífero, conquistamos o maior dentre todos os tesouros... A maturidade da segunda chance.
Texto: A Segunda Chance.
Autor: Osvaldo Rocha
Data: 19/10/2022 01:06 hrs.