ANTÍDOTO (DO MÉRITO DA POESIA)
Dizem, pois, os insensíveis que
Poesia não enche nunca a barriga!
Mas, reanima o sonho, lava a psique,
Faz-nos estar vivos, nos empertiga!
Ponho-me a escrever sem âncora
Minhas besteiras, desvios da mente,
Idiossincrasias, dualismos, metáforas,
Essas coisas que dá dentro da gente!
Escrevo versos livres e brancos,
Quiçá, então, ridículos ou francos
E assim, assim faço a minha média!
Um misto, sim, de dor e quimeras.
E deixo pr’aqueles que sabem, deveras
(Destarte), julgar, pois, a minha ideia!