I-LXVII Jaezes de vida e morte
Outra vez chamado à vida,
diante de amigos que se tornam relíquias,
ajo feliz escrevendo aqui: Voltei para casa menos carente,
sorridente sobre caminhos que já me fizeram descontente.
Que a vida me dê mais dois ou três dias para ser esperto,
para que a noite explique melhor as verdades e o que é certo.
Não acreditaria se pudesse ver, não confiaria no que prometer,
pois já estou aqui a confessar receios inventados,
tenho o vício de fazer-me miserável.
Assim não menciono o que devia, não sinto o que vivia,
espero de coração que sejas minha última euforia.
E está tudo bem se o mundo está aquém,
pois é instintivo estar embaraçado, tudo está sempre ao acaso.