Atordoado.
Atordoado.
Eu fico o tempo todo tentando esconder sentimentos, matando aos poucos o melhor de mim.
Às vezes fico olhando à minha volta como se procurasse uma saída, porém, sem êxito.
Busco um motivo para esse caminho, algum que me leve ao encontro do passado, passado triste, negro e que sempre se faz presente...
Vivo atordoado em pensamentos, recordações vividas das memórias apagadas pelo tempo, que, mistura-se com a esperança de um possível reencontro ou com a possibilidade de uma nova vida...
Com olhos apagados, sem vida, sem calor e seu brilho, os dias vão passando despercebido, inútil e lento. A cada passo que avança, perco a noção tempo/espaço, perco a noção de tudo em que acreditava, entre perdas, foi-se minha fé, levada por um leve sopro do vento, esquecida pela memória do que fora um dia a eternidade, tornando eterno meu sofrer, sei que mereço, que nunca terá fim, até que eu me reencontre, e, resgate de volta a fé de reviver...
Texto: Atordoado.
Autor: Osvaldo Rocha
Data: 09/08/2001