CASTELOS DE AREIAS
Fácil atirar pedras...
difícil mesmo é conceder ao outro,
um lugarzinho no coração,
uma chance de defesa coerente ou,
a oportunidade de se libertar com o perdão.
Impossível também
se desviar-se dos julgamentos,
das críticas, do mau humor...
colocando a compreensão
e a tolerância em todos os sentimentos.
Para muitos de nós
é impossível esquecer as mágoas, os rancores,
deixando para trás a negatividade.
Então, a essência se fragmenta,
não conseguindo enxergar as diversas possibilidades de amores.
E as construções não param,
sobre areias elas crescem a todo vapor.
Surgindo desertos sem oásis,
muralhas de discórdia,
com rios desviados do mar (Deus),
mas tão próximos da dor.
Sobre a pressão de mundos oscilantes,
se tecem campos voltados para a guerra...
derramando sangue dos inocentes,
prejudicando a saúde da mãe terra.
Mas,
aí surge uma ventania...
que nem se sabe de onde vem
e nem para onde vai.
Chega destruindo todos os castelos sem fundamentos
e no último momento,
o tempo que já se encontra sem tempo,
ainda assim, avisa ao pensamento:
que a composição era pra ser diferente.
Com valores e paisagens de paz,
com o sucesso da tão necessária alegria.
Mas, o ser limitou tanto a existência,
que não deu pra viver com uma mente sadia
e agora já não dá mais,
para recuperar sua humilde poesia.
Fim desta, Cristina Maria O. S. S. – Akeza.