I-LXVI Jaezes de vida e morte
Nesta noite, ao ganhar o sono,
vi-me em sonhos que se guardam em cômodos.
Doo-me ao paraíso inabitado pelo prazer de nunca o alcançar
e me gabo ao falar: O prazer está no que encontro ao procurar.
Quebrar-me-ia em bilhões
para ensinar a mim o prazer de sentir,
como vós sois do início ao fim.
Faria do mundo evidente e nunca compreendido,
dando ao povo do leste a chance do nada,
e ao norte, constantes dádivas.
Calaria quem fala, por ser eu quem explana mágicas,
por ser eu quem oriunda do nada e por alados se espalha,
afundando a alma de quem a evolução retarda.
Faria do meu gosto o bom gosto e do instinto um constante suplício,
tornando o fim, o único caminho a mim.