Amizade.
Amizade.
Talvez eu nunca lhe conheça!
No passar dos dias, silêncio as letras, como se eu tentasse parar o tempo, ou simplesmente andasse contra a maré
Talvez não haja sorriso onde eu vá, nenhuma faísca no olhar, quando os mesmo se encontram, nem quando se perde pelas noites afora.
Talvez nunca venha a saber teu nome, seria Ísis, Lua, Ana...
Quem sabe nem tenha um, como a escrita que auto se escreve.
Talvez não haja futuro, nem caminhos a serem percorridos, talvez eu deva me calar, emudecer-me em letras, para afogar-me em ansiedade.
Contudo, ainda assim talvez haja luz, vinda algum ponto obscuro, em forma de raios ou labaredas, talvez brote até uma flor, neste terreno árido das palavras caladas, nesta escrita mal acentuada, na conquista de uma amizade, na dureza das pedras, que compõe o encontro de duas vidas.
Texto: Amizade.
Autor: Osvaldo Rocha
Data: 04/05/1988 11:46 hrs.