Amor Pagão.

Ao te ver...

Meus olhos se encheram de paixão, tentou inúmeras vezes entrar em contato com os seus, nessa busca, insana de guiar-te, perdeu-se em horizonte...

Ao te falar...

Tornou-se mudo por um breve momento, preparando frases aleatórias para confundir a razão, com a emoção, sem compreender tais palavras, eu mesmo enganei meu sentido a ponto de se fazer entender nos lábios seus...

Ao te beijar...

Um oceano de intimidades, invadir a costa diante desse corpo trêmulo, que, ao mais leve toque, desvenda segredos há muito esquecido pelos anos de ontem, trazendo a tona uma insaciável sede na luxúria a dois...

Ao te amar...

Conjurei Eros, num ritual tão pagão, quanto os pensamentos obtidos em êxtase, viajei no antigo submundo, onde o calor proporcionado queimava até minha alma, Hefesto, abençoou cada detalhe, na cópula dos nossos corpos, ensandecidos pela magia mística de amar sem pudor...

Após um tempo, de um tempo, o qual, parecia não findar... Adormecemos.

Texto: Amor Pagão

Autor: Osvaldo Rocha

Data: 01/10/2022 16:28 hr.