Eu busco a reciprocidade.
Sabe eu aqui estava pensando, sobre a dor que sinto agora, no fundo do peito incomodando, dor essa que sei que não foi sua culpa, não foi você que me deu, pois não foi você quem me feriu.
Ainda assim tal qual uma fera ferida, ao menor sinal de perigo ajo de forma agressiva, culpa minha por negar no fundo do peito a ferida aberta, injusto da minha parte lhe tratar de forma tão grotesca.
É injusta minha explicação uma vez que entendo o seu lado, mas não há nenhuma forma de considerar tal atitude justa.
Claro que espero não ser um problema, não tenho ciúmes de ti, se é o que pensa, mantenha sua consciência plena, apenas que não suporto a idéia de estar perdendo meu tempo, me dedicando de coração a quem não merece ou reconhece meu empenho, sei talvez não é seu caso, dado que também não pedi nada, mas eu quis te dar prioridade, quis mostrar-me disponível, e te dar espaço único na minha vida estabanada, mas não há possibilidade de que eu possa te escolher, quando mesmo sendo sua vida você mesmo não escolhe você.
Espero apenas que essa sua dedicação valha realmente a pena, eu temo priorizar quem me ignora, espero que independente do seu caso não passe por esse problema.
Os medos que tenho, entendo bem que são meus e em nada tem a ver contigo, apenas tento me proteger pelo que já aconteceu comigo.
Peço que entenda que nada tem de egoísmo, e que também não estou brava, existe nessa situação coisa alguma que eu te culpe por isso mantenha-se em estado de calma.
Não tem haver com você como já disse antes, talvez eu precise de algum tempo, não é minha intenção brigar, nem mais te ver ofendido, não desconfiei de você se foi assim que entendeu, apenas me retirei a força da posição em que outro homem um dia me deu.
Ainda será fácil para mim lidar um dia com todos os medos que me causa, sentimentos que escondi há tempos, agora parecem criar asas, desde que convivo com você me sinto curar de muita coisa, sempre quando penso no porque das minhas ações e reações realmente sinto que me curo mais um pouco.
Tenho certeza do porque eu agi como eu agi, sei da dor que me acionou de um passado que vivi, dor essa que veio num rompante por medo de viver de novo, na posição tão inconstante de nunca encontrar a reciprocidade no outro.