Ah, o velho vício de sonhar, se iludir e criar expectativas....
Geralmente quando a gente conhece alguém, temos a mania de elevar as expectativas em relação a pessoa até conhecê-la 100%.
Esquecemos que trata-se de uma pessoa comum e que reúne em si todos os sentimentos e emoções normais e inerentes a qualquer ser humano: Inveja, tristeza, alegria, vazio, capacidade de amar, de odiar, rancor, afeição, bondade, maldade e afins.
Até conhecê-la de verdade - o que implica convivência - consideramos a pessoa que acabamos de conhecer incrível, legal, bondosa, espirituosa e por aí vai...
Mas precisamos considerar:
1° A falta de convivência;
2° Que quando chegamos a um ambiente novo, onde não nos conhecem (Ex: trabalho novo, curso ou faculdade, etc) , ou conhecemos alguém que não nos conhece (Ex: relações de internet, amizades recentes etc.), podemos ser quem a gente quiser. Mas a convivência, depois de um tempo, derruba essas máscaras sociais.
Todos possuem máscaras sociais, e os sentimentos e emoções que suprassitei. Sentir inveja, rancor, tristeza ou ter um lado maldoso não nos torna absolutamente ruins. Sequer nos torna ruins. Só torna, quando esses sentimentos nos dominam. Quando a inveja é maliciosa, a maldade é grande, e o rancor vil.
A questão é: Quando tomamos conhecimento das qualidades e principalmente dos defeitos das pessoas, até que ponto nosso sentimento muda?
Não sei até que ponto muda. Mas sei que muda!
A carater de exemplo citarei um caso recorrente: Até a expectativa com relação ao físico e aparência muitas vezes são quebradas. Na Internet por exemplo tudo é edição ou ângulo. Ou até mesmo na vida real, em momentos de intimidade perante a nudez essa expectativa é quebrada.
É por isso que sempre digo: amor, seja ele passional, fraternal, maternal, paternal e etc só é verdadeiro e sólido a partir da convivência.
Convivência é tudo.
Procurem ver as pessoas com os olhos da realidade, sem ilusão, sem criar expectativas com relação a físico, personalidade, caráter e afins.
Não confundam realidade e até mesmo amor verdadeiro com ilusão, com paixão, ou com tesão.
E principalmente tomem cuidado ao sacrificarem o que é real, pelo o que é surreal, irreal ou até mesmo virtual. Ou simplificando: trocar o conhecido pelo desconhecido. Nós conhecemos as pedras existentes no caminho conhecido, mas não no caminho desconhecido.
Apesar de haver exceções, se o caminho conhecido estiver muito tortuoso.
Então não vejo problemas em fazer a mudança. Caso contrário, podemos quebrar nossas caras.