O Mar da vida
Acredito que a comparação da vida com o mar é a mais próxima da realidade, pelo menos da minha. Existem dias calmos de maré mansa, sucedido por dias de maré turbulenta e tempestades furiosas. Tem também episódios épicos como os terríveis Tsunamis. Esses têm sido mais frequentes ultimamente.
Quando vejo a chegada do Tsunami de problemas, nem me dou ao trabalho de correr, preparo a minha velha prancha chamada persistência. E venho surfando a gigantesca onda de problemas, com um ar de indiferença. Até a adrenalina diminui com o tempo.
Mas tem um ditado que fala bem sobre a vida e o mar: "mares calmos não fazem bons marinheiros".
Com o tempo os desastres são mais normais do que naturais. A frequência é bem maior.
É como aquele ditado de matar um leão por dia. Nunca é fácil, mas a gente se acostuma, nesse mundo metafórico existem infinitos leões.
Eu até gosto dessa ideia de leão, não sou estudioso dessa área, mas acho que leões não tem tempo pra ficar triste ou deprimido, e estão sempre com fome.
A presa também não tem tempo pra ficar triste ou deprimida, todo dia a vida está em jogo. A lei da selva é bem equilibrada nessa questão, não importa se você é um leão ou uma presa, se não estiver disposto a correr atrás do seus interesses, não vai sobreviver.
No caso do mar é bem parecido ou se mantém acima da água ou se afoga, não há outras opções. O tempo e os problemas não esperam até a pessoa estar preparada.
Quando o Tsunami de problemas passa e arrasa tudo, só fica o que é mais forte e resistente. Tem vezes que não sobra muita coisa de pé, mas dizem que enquanto há vida há também esperança.
Encerro com a frase de Amyr Klink: " O mar não é um obstáculo, é um caminho".