NOSSOS SAGRADOS E NECESSÁRIOS “TEMPOS”
“Alice: Quanto tempo dura o eterno?
Coelho: Às vezes apenas um segundo”
Dias e noites... na cronologia da terra
Luzes e trevas... no dinamismo d’alma
E entre alvoradas e ocasos vede inúmeros “tempos”
A que nascem e morrem
Alguns a ficarem na memória
Outros rapidamente s’esquecem... (todos)
Tempos... tempos... tempos...
Quantos tempos nós temos?
“Tempos”?
E nest’hora alguém me perguntaria:
- Por que “tempos”... e não “tempo”?
Ao qu’então a ele responderia:
- Somos feitos de ”tempos”, sim
Pelo que tudo para "ser" precisa... de tempo
E "ser tempo"... no tempo
A continuidade das horas
E nelas tantas coisas fazemos... e acontecem
Ao que, às vezes, fazemos tudo de novo...
E contemplamos os resultados
No que às vezes rimos... e às vezes choramos
E desta forma seguimos
Até chegar à derradeira hora (o "ultimo" e mais temido tempo)
Interessante que queremos que a Morte de nós s’esquecesse
Mas, não é justamente ela quem mais nos persegue?
Sim, a Morte também é um "ser"
Ou alguém duvida não sê-la um "ser vivo"?
Do contrário não nos mataria
Ah! Deixa p'ra lá!
Tempos... tempos... tempos...
E o que são eles - os "tempos"?
O desejo é um “tempo”
O medo é um “tempo”
A dor é um “tempo”
A saudade é um “tempo”
A alegria é um “tempo”
A raiva é um “tempo”
A angústia é um "tempo"
O prazer é um "tempo"
O desespero é um "tempo"
“Tempos mentais”
Psicológicos, mas... reais
Surgidos cada qual de sua semente (qu'então o gerou)
Somos feitos de tempo... e movimento
Na vida a ser o “místico espaço” ou, quem sabe, o teatro
... a que nele se encenam os “tempos”
Quanto tempo dura cada um destes “tempos”?
Verdade é que cada tempo tem sua “durabilidade”
Embora alguns dá-se a entender que se estendem um pouco mais
Alguns “tempos” poderiam ser “acelerados” para acabar em seus movimentos?
Quer saber o qu'eu acho?
Se alguns tempos assim tal direito tivessem (de serem mais rápidos)
... certamente que procariam inveja ou mesmo raiva... n'outros "tempos"
E por que alguém iria querer que se findasse um “tempo”?
Oh! os “tempos escuros” a que ninguém deles prazer algum tem
Porém, não seriam também “necessários tempos” no sagrado tempo do viver?
É fato: não escolhemos muitas vezes certos “tempos”
Eles nos veem
Da Vida que nos deu
E não temos o direito de negá-los
Seria um atrevimento de nossa parte recusá-los?
Certamente!
A vida nos dá alguns “cálices amargos”
E nisto não creio que alguém de mim venha discordar
E outro fato é que nos apegamos aos prazerosos e festivos “tempos”
E não queremos de form’alguma que eles deem o fora
E, deste modo, discriminamos os “tempos” que a Vida a todos oferta
Quanto tempo você realmente viveu neste mundo?
Seria a sua idade cronológica igual a todo o seu “psicológico tempo”?
Não creio
Desperdiçamos por demais o nosso tempo
E vivemos muitas vezes para os outros que para nós mesmos
E depois, quando nos damos conta disto, lamentamos
(a perder ainda mais tempo)
Quanto tempo você gostaria ter a mais do que lhe foi dado?
E por quê?
Mas lembre-se:
Queres ver alguém a que um dia irá morrer?
Olhe então para o espelho
E não perca tempo (ou o “seu” tempo) ... de viver
E nest'hora eu pergunto a todos:
E quanto ao amor, seria também um "tempo"?
Não, o amor transcende o tempo
Do contrário dos "mentais tempos" em que começam e acabam
Mas não amor
Não o amor verdadeiro
Ele está acima do tempo
Ele é a própria Eternidade
Não pode morrer... porque ele nao é "mental"
O verdadeiro amor... é "real"
E porque é real... é imortal
29/09/2022
IMAGENS: GOOGLE
Músicas:
Time – Alan Parsons Project
https://www.youtube.com/watch?v=l9QKlgjTjPM
* Sugestão dos mestres Rummenigge Rossi e Regina Ninna:
a múisca Time da banda inglesa Pink Floyd:
Time: Pink Floyd (live)
https://www.youtube.com/watch?v=oEGL7j2LN84