Revisitando o passado.
Estive outra vez entre os queridos do grupo.
Muitas pessoas não são as que eu via outrora - mas nem por isso esqueci delas.
As lágrimas rolaram, carregadas de emoção, ignorando a minha timidez,
lembrando dos sorrisos, das energias, das minhas inúmeras dúvidas,
das alegrias de hoje e das dificuldades atuais e daquela época.
Naquele tempo me pareciam impossíveis de serem superadas, eram como
montanhas intransponíveis.
E, a despeito da minha ignorância ou talvez da minha ainda mais limitada fe,
estou aqui. Ainda de pé. Os músculos das minhas pernas, do meu tronco,
meus braços certamente mais fortes.
A minha fé ainda é, como eu, imatura. Mas não tanto quanto antes.
As vezes me sinto só, porém nunca desamparada.
Sinto as mais variadas dores ainda, mas meu Senhor me traz a orientação
e clareza, me chamando a responsabilidade dos resultados não tão positivos
que provoquei.
E assumo a responsabilidade, as vezes vivendo em demasia o sofrimento.
Sabendo que é o melhor que tenho capacidade de fazer. E sou lembrada
constantemente que, ainda que eu erre os caminhos, o regente da orquestra
dá um jeito de me colocar na estrada que devo percorrer.
Além disso, tenho me observado, me percebido mais nos últimos tempos.
Sem o remoer algumas vezes, mas analisando os prós e os contras e pedindo
orientação para não me distrair da tentativa de andar em retidão.
Talvez por isso tenho tanta gratidão em meu coração.
Pela presença imponente de Deus na minha vida, pelos guias que me orientam,
pelos ouvidos de quem me doou seu tempo e sua atenção, pela minha história,
pelos percalços, pelos meus tropeços…
Foi tudo barro na construção do ser melhor que não sou, mas virei a ser.