O Mal não descansa e não tem limites
No livro “Pedagogia do Oprimido” Paulo Freire inseriu a seguinte nota de rodapé: “Cada vez nos convencemos mais da necessidade de que os verdadeiros revolucionários reconheçam na revolução, porque um ato criador e libertador, um ato de amor.
Para nós a revolução, que não se faz sem teoria da revolução, portanto sem ciência, não tem nesta uma inconciliação com o amor. Pelo contrário, a revolução, que é feita pelos homens, o é em nome de sua humanização.
Que leva os revolucionários a aderir aos oprimidos, senão a condição desumanizada em que se acham estes?
Não é devido à deterioração a que se submete a palavra amor no mundo capitalista que a revolução vá deixar de ser amorosa, nem os revolucionários façam silêncio de ser caráter biófilo. Guevara, ainda que tivesse salientado o “risco de parecer ridículo”, não temeu afirmá -la. “Dejeme decirle (declarou dirigindo-se a Carlos Quijano) a riesgo de parecer ridiculo que el verdadero revolucionario es animado por fuertes sentimientos de amor. Es imposible pensar un revolucionário autêntico, sin esta cualidad”. Ernesto Guevara: Obra Revolucionária, México, Ediciones Era-S.A., 1967, pp. 637-38.”.
Em princípio, é de se admirar que dentre tantas pessoas que poderiam ter sido citadas como exemplo de amor ao próximo, Paulo Freire tenha escolhido um assassino frio cuja medida de “amor” tinha a exata dimensão da concordância com seu modo de pensar, como está claro nas seguintes palavras do próprio Che Guevara: “Não posso ser amigo de uma pessoa que não partilhe as minhas ideias”.
Porém a escolha de Paulo Freire não foi descuidada nem inocente. Através de um jogo de palavras associando “opressão” com “revolução, humanização e amor”, faz uma inversão de valores e introduz na sua pseudopedagogia uma tática marxista/comunista de dominação e ao mesmo tempo exalta mais uma vez um ser desprezível como Che Guevara.
Nada mais justo que esse “amoroso” senhor seja o patrono de nossa educação falida, onde nas escolas, mais importante do que se educar, o aluno exercite seu poder de dominação e valentia agredindo professores, atitude que se enquadra perfeitamente no “amor” pretendido pelo “educador”.