A caneca - Eduardo O. M.

Você almeja em tomar café em sua caneca predileta. O seu tipo favorito de café é o cappuccino, de canela, mais especificamente. Você procura sua caneca especial e personalizada com uma foto que você ama, porém, não a acha. Você não procura por outra caneca no escorredor, quer a sua, arranhada, velha, desgastada e acabada. Adora-a por esses específicos detalhes. Ela é sua e você não consegue admitir que exista a possibilidade da caneca ter sido usada por alguém, e também não consegue admitir em usar outra caneca. Você não quer outra, quer a sua, com uma pequena parte da base dela quebrada e todos os defeitos que ela contém. Uma caneca é uma caneca qualquer, mas a caneca é a caneca. Como acabará essa situação? Você não quer mais o cappuccino e as pessoas irão lhe chamar de problemático, e lhe dirão que há muitas canecas limpas no escorredor, e você resiste e ainda quer a sua, suja, com o restinho do chá de hibisco que você tomou anteriormente nela. Você quer a sua. Ainda.