PROVÉRBIOS DO HOMEM INTELECTUAL
Não nos tornamos mestres aprendendo a fazer o que eles fazem, mas a pensar e a raciocinar por nós mesmos. O sábio sabe tudo que vê, ouve tudo que sabe, mas não diz tudo o que sabe. O homem erudito é um descobridor de fatos que já existem, enquanto o homem sábio é um criador de valores que não existem e que ele faz existir. O sábio é credor das palavras que omite, enquanto o medíocre é devedor das palavras que profere. O sábio é apto a ouvir e tardio no falar. O medíocre prefere o mal conhecido ao bom ignorado, acostumado a copiar desarticula o edifício do próprio erro, vive do critério alheio e da lógica dos outros. Sua inteligência é como água morta povoada de germes nocivos que acaba apodrecendo. Sua caixa cerebral é como um estojo de joia vazio, e seu prejuízo é como o próprio cravo, quanto mais nele bate, mais ele penetra. A ausência do conhecimento produz a ignorância, o homem erra por ser ignorante, sendo ignorante por não ter a maior e melhor de todas as belezas, sendo esta a do conhecimento. Nesta era atual, vivenciamos a personificação do mundo Jurídico. Muitos não aprendem a reconhecer a cegueira de uma falsidade que deve ser combatida vigorosamente palmo a palmo, pois ao contrário corrompe o coração e não permite que os bons costumes medrem em meio às ervas de uma bela aparência.