A Espera.
A Espera
Por que, esperamos tanto de alguém?
Querer ter o que é nosso?
Se torna um fatalidade ou egoísmo?
Esperamos o momento certo de contar, o que precisa ser dito, e, em meio ao vazio das respostas... Ouvimos:
Não posso!
Não dá!
Não sei, e.t.c...
Sabemos no íntimo, que, não precisamos esperar, pois, a desilusão é inevitável, tão insuportável, quanto a espera...
Esperamos surpresas, e, nos surpreendemos vendo as horas passarem, sem nenhuma reação...
Sempre criamos ou ouvimos desculpas, mas, procuramos um motivo para compensar, a falta angustiante de receber...
Esperamos da distância... Um simples reencontro.
Das mãos terceiras... Um pouco de afeto.
Dos lábios... Um beijo.
Então o querer, torna-se a nossa doença, um vício correndo pelas veias, mutilando o coração, que, de triste fica saudoso, na espera desse alguém, que, nunca falou em aparecer, mas, sempre esperamos chegar...
Texto: A Espera.
Autor: Osvaldo Rocha
Data: 09/05/1994