O Vigia.
O Vigia.
Vago pela vida, apenas observando os momentos aleatórios, o vai e vem da espécie humana, e, suas vestes imateriais...
Nesse observar...
Num instante... Surge uma lágrima na tentativa de comover as almas vazias, aquelas, que, tentam irremediavelmente acreditar nos gestos filantrópicos de sua natureza vil, mãos estendidas suplicam/recebem esmolas afim de aplacar a fome, a mesma, que, alimenta o vício das drogas, da cachaça e a morte de sua dignidade.
Em outro ponto desse hemisfério, o amigo abraça com risos um outro, aquele que depositou cegamente sua confiança até vê-la findada na ponta de um punhal, ao som de um revólver na escuridão, na agressão verbal/sentimental com/sem cúmplices...
Um familiar... A quem nem imaginamos ser capaz.
Olho revoltado à tudo isso...
Crianças nas sinaleiras, obrigados por seus pais, nunca conhecerão a infância, seus contos, seus heróis de tantos gibis, nem ao menos... Sonhar.
Orações confortam seu espirito, o Sr. Destino em muitas ocasiões interfere a partir do esforço de alguns, que, em meio ao lixo, desenterra uma vocação.
Quando nesse momento... Sorri.
Pelos cantos deste mundo, observando com detalhes cada gestos transformados em algum interesse em prol do seu ego, embora, seja um afronto expor, pois, repelem, mas, em verdade, vejo-os beber da água que jurou não beber, vejo-o colocar placa de venda, naquilo dito muitas vezes não ter preço, e, são tantos... "Nunca farei/faria" ou "Por preço nenhum te/me vendo", até o momento/oportunidade propícia chegar...
- Por que?
Sou apenas um vigia, não posso intervir/interferir na humanidade... Apenas observo.
Pequeno acróstico.
O s sentidos....
V alores
Consc I ência
G estos
Filantrop I a
A mor
Texto: O Vigia.
Autor: Osvaldo Rocha
Data: 18/09/2022