Sobre a Proteção do Chacal.

Noite...

Uma mão ergue-se na imensidão árida desse deserto. Fragmentos

de madeiras, de sonhos, e, força, são os principais eventos desta ressurreição.

Depois de tantas lutas em prol de nada, antes de tornar-se guerreiro, até mesmo, no decorrer da vida, sentiu-se morto no meio de tantos cadáveres vivos, donos de um punhado de areia.

Agora quase exposto ao sereno, com o olhar nublado pelas lágrimas, ora feliz, ora de raiva, mas, com certeza de tristeza, ele se pergunta...

Valeu a pena?

Sentou-se a frente da Esfinge esperando pelo enigma a seguir, contudo, o silêncio fora aterrador, gritava incessantemente o nome daquela a quem seu coração pertencia... Tentou erguer-se desta vez, não conseguiu.

Caído ao chão escorpiões bailavam ao som da lua, as três pirâmides formavam um cinturão cósmico, criando barreira entre a loucura e a sanidade.

A cada noite morremos, nossos corações são pesados, muitas vezes devorados, trazendo pela manhã um novo dia, uma nova vida, e, cabe a nós reviver...

Texto: Sobre a Proteção do Chacal.

Autor: Osvaldo Rocha

Data: 16/09/2022