Abertura.
Neste exato momento, abro um pote de batata doce acompanhado de seu melhor texto sobre o que eu, hoje, deduzo ser a mais verdadeira declaração de amor... um texto sobre desilusão.
Não é o mais bonito, nem o mais esperado por mim, mas é a mais profunda descrição de alguém sobre a perda de sua metade...
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Abro essa memória como quem senta à sua frente, na calçada de casa, relembrando conversas da madrugada, músicas que registrei como suas, frases e reflexões de passados tão densos, e sorrisos nossos... duas almas marcadas pela vida, mas que insistem em afirmar que vai tudo bem.
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Existe uma música do Jota Quest que recentemente também me lembrou você e ela dizia "E se você se esquecer de quem é,
É só, então, perguntar para mim...Sei cada detalhe de quem é você", e isso é tão a sua cara em todo contexto que decidi aumentar seu repertório na minha memória...
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Talvez então seja isso que se passa dentro de mim agora... não a perda da identidade, mas a necessidade de me ver através dos seus olhos... motivos de tantos e tantos acontecimentos pós nós dois... aquele lugar quente dos seus braços que me levavam a reunir todas as minhas partes... e o motivo de todas as canções que eu, de forma ingênua, entoava durante toda sexta-feira durante o expediente...rs...
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Existirá, pois, razão nas coisas feitas pelo coração? E quem disse que decisões da razão são feitas dialogando com o coração?
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De todo modo, entendo minhas páginas, nossas máculas, escolhas, indecisões e mais uma vez, me deparando com você, aqui, te lendo, te reconheço...te sinto e ainda sorrio... pela próclise, ênclise e mesóclise... Hoje eu sei que as estrelas mais brilhantes do universo tem vida curta...
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As minhas constatações, agora, são as mesmas que as suas... uma menina indefesa que suspirava ser amada, mas que traduziu amor em proteção e não em autonomia e liberdade... que viveu uma verdadeira história de cinema, com vários finais trágicos... E que por não suportar sua catarse social, compreendeu que quando a gente ama, a gente solta... só volta o que é nosso e, infelizmente, você nunca voltou...rsrs.
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Sem melancolia, mas ainda sentindo um leve prazer com tom de sadismo, bem do jeito que eu gosto (rs), deixo nas pontuações mais um tanto de coisas que te diria pessoalmente neste dia... apesar de saber que, no final, está tudo bem...
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é que hoje é uma sexta chuvosa... e quando eu vejo que o tempo fechou lá fora, eu costumo abrir algumas coisas dentro de mim...
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