A Cajazeira.
A Cajazeira.
Forjada pelo tempo, a Cajazeira fora pilar principal do velho interior, suas raízes alcançavam o campo, onde tantas vezes foi palco das batalhas...
Brejo-Grande X Jacobina.
Assim como a raiz, foi a minha infância, solto pelo caminho do Fraga, por entre a Baixa da Olaria, no brejos de meu Tio Homero, saboreando café feito por minha mãe preta (Edite/Dita) na casa de Tia Dose. Lá também tinham duas Cajazeiras, dando continuidade a raiz da vida.
Da raiz subia um tronco, lugar de tantos nomes, tantos corações ou a falta do mesmo.
No momento de eterna paixão, marcávamos o amor juvenil.
Nas de raiva, a seiva, servia para apagamos, o que deveria ser eterno.
Naquela fase de outrora, paixões nasceram para marcar, e, alguns para apagar a lembrança do momento. Ainda neste mesmo tronco, momentos de antes, ainda resiste como meus beijos a ti dedicados, pois, não cabe, nem caberá, destruir tantas lembranças boas.
Nota:
(Não rasgo fotos, deleto imagens ou destruo vídeos, que, tive o prazer se viver com qualqier pessoa um amor.
Temos que parar de uma vez com essas atitudes de transformar a pessoa do presente responsável pela sua felicidade ou seu universo até mesmo destruir a si mesmo.)
A Cajazeira, assim como toda natureza nos ensina ir sempre a frente, deste tronco, saem ramificações que chamamos galhos, florindo, dando frutos e expondo sua beleza na imperfeição de ser...
Na vida, com tantos ensinamentos naturais, ainda insistimos em andar para trás, forçando sentimentos terceiros a nos rodear, deixamos de florir, pecamos nossos frutos e queremos mostrar beleza, onde só existe a imperfeição de ser...
Tire pelo menos uma hora, para sentar em frente ou abaixo de sua Cajazeira, e verá, o quanto a deixou sem folhas, galhos apodrecidos, troncos secos, e, com raízes expostas... Arrancada para dar vida a sua ignorância...
Texto: A Cajazeira.
Autor: Osvaldo Rocha
Data: 14/09/2022