O Vulto.

Eu nunca fui adepto ao mundo espiritual, em verdade, tenho cá minhas duvidas...

Não foi assim então, que, debruçado sobre livros, pesquisando sobre o tema afim? de criar algum tema, eis que, a campanhia toca, era um colega de faculdade...

Ele se mostrará assustado, inquieto e falando atropeladamente. Pedi que se acalmasse para poder compreender a fala, assim o fez, então, ele relatou o incompreendido para mim...

Diz ele, que, estava na sala assistindo TV, e, ouviu algo cair próximo na cozinha, mas, a primeira estância, julgou ter sido no filme, afinal, assistia um de terror... De novo o barulho, agora culpava o gato, pois, este era vezeiro subir no armário, então de novo, de novo e de novo...

Cismou... Levantou e foi em direção a cozinha, acendeu a luz, passou os olhos por todo canto e nada, resolveu voltar a TV, quando ouviu um chamado, logo a espinha esfriou e os pelos levantou, com medo e também curiosidade olhou mais uma vez... Foi ai que viu.

No canto junto a geladeira, havia um vulto, apertou fechando um pouco o olhar para melhor distinguir, contudo foi em vão... Percebia a forma, sentia o olhar dessa silueta e a impressão dela chamando-o com mãos estendida em sua direção, ouviu de novo, desta vez alto como se fosse no pé do ouvido, não deu outra, enveredou rua a dentro até aqui...

Tentando acalma-lo, sem uma resposta coerente, disse apenas que por estar assistindo um filme deste cunho, a mente tinha lhe pregado uma peça... Até ele dormir, nada tinha dado o efeito esperado, amanheceu, ainda acreditando no que virá...

As vezes digo com todo coração, as pessoas querem ou precisam acreditar naquilo que não pode ser provado, apenas especulado, pelas tantas mídias, parentes que sempre tem uma história e outra a contar, daquele amigo ou do irmão com repertório de contos urbanos.

...Quanto a mim... Ainda sou descrente.

Texto: O Vulto

Autor: Osvaldo Rocha

Data: 08/09/2022

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Autor: Osvaldo Rocha

Data: 08/09/2022