I-LXIV Jaezes de vida e morte
Paixão infame que em círculo corre para me deixar,
procuro tal grego que venha a me presentear.
O levaria para sempre, temendo o amanhã que chega,
fazendo de mim a descoberta de quem salvação anseia.
Em um mundo que se expande e nunca cresce,
meus sonhos morrem e prevalecem.
São como as almas sem rancor, que nos
ensinam perder e viver por amor.
Assim sinto-me no fundo do discreto,
pensando em quem padece sob juízos incertos:
Se os anjos se extinguem quando a mente definha,
e se é azar a âncora à vida sofrida.