SEQUESTRO

O tempo, Supremo Senhor do tudo e do todo,

é apenas um indelével larápio.

Sarcástico e zombeteiro sequestrador...

Cujo resgate é impagável.

Ladrão intangível e impiedoso

que abate suas vítimas, sempre desprecavidas

a sorrateiramente lhes sequestrar as horas...

Para depois descartá-las ao léu

no final da dura estrada percorrida...lá bem longe

Na soleira da porta da vida

Onde já não é mais possível

Acessar a campainha.

Nota da autora: o tempo é como uma musa inspiradora dos poetas.

Muito já se poetou sobre ele.

Esse poema me surge como um resumido compêndio do todo que já vi e senti ao longo da observação "das vidas".