É A LUTA DA VIDA!
“Lutar sempre
Vencer... às vezes
Desistir... jamais”
(Maxwellton)
Tremem suas pernas nest’hora?
Que bom que deste modo esteja
Sinal que estás vivo
Ou acreditas que a vida tem pena de ti?
Ou, pior: desejas e apelas pela piedade dos outros?
Ah, meu amigo, aqui ninguém tem dó de ninguém
Até hoje você não percebeu?
Segue a procissão das angustiadas almas
Todos se olham e ninguém ao outro vê
Na verdade, ninguém conhece ninguém (e nem deseja conhecer)
E o cortejo prossegue
E ninguém s’encontra... com ninguém
Ninguém ama... (nem se ama)
Ninguém ajuda... (nem se ajuda)
Ninguém [realmente] vive
Um bando de almas mortas e egoístas
Tão cegas... e tão perdidas!...
Ah! Queres paz, mas ela de ti foge
Anseias por um abrigo, todavia seus olhos a nenhum avista
Queres alegria [perene], mas só encontras frustração e desgosto
Porém, oh! se tiveres sorte, quem sabe estejas tão somente sonhando?!
É muita indefinição para ti (e para todos) neste tempo que a vida nos pariu
E o mais interessante é que ninguém anseia pela morte
Ao que chega a ser até cômico
Da vida a estar, creio eu, a rir de nossa triste sorte!
A vida a se fazer... nos duros combates... de simplesmente nela estar
É a luta da vida, ora, pois...!
E cada qual a estar em seu combate... no que terá d’enfrentar-se
(e não apenas a brigar... "só" com os outros)
É a guerra de todos e cad'um
Neste "ringue" em que todo mundo acha [equivocadamente] que o inimigo é só o outro
Quando, na verdade, o pior, ai! basta se ver... no espelho!
E assim uma decisão a que se fará... (inevitavelmente)
... em que não se poderá fugir
E, portanto, não haverá como escapar
(mesmo também por que retirar-se é, sem dúvida, pura covardia)
A luta da vida!
E então...
Ou você a enfrenta em seus duros e constantes confrontos
E contr'ela peleja... e também se defende
Ou, d’outra forma, abandona o "sagrado combate"
E joga a toalha no "ringue", e a ela – à vida -... se rende
**************************
08 de setembro de 2022
IMAGEM: GOOGLE