Autobiografia de um iogue
Paramahansa Yogananda é uma das mais proeminetes personalidades do século XX quando o assunto é espiritualidade. Em 1946 publicou o "Autobiografia de um iogue", muito mais que simplesmente um livro que conta sua trajetória de vida, mas planta em nossos corações uma saudade enlouquecedora por algo que já nos esquecemos, mas está lá, latente dentro de cada um de nós.
O Mukunda - nome de batismo de Yoganandaji - é um menino indiano cheio de amor por Deus que se muda para os Estados Unidos para cumprir a missão dada por seu guru e parangurus de ensinar aos ocidentais a arte perdida da Kriya Yoga, uma técnica científica de meditação e contato com Deus.
Em sua jornada ele funda uma escola para crianças e jovens, na Índia, a Yogada Satsanga Society of India e a Self-Realization Fellowship, essa última nos Estados Unidos - ambas as instituições possuem ainda hoje canais no youtube para divulgação de suas lições. Ele se tornou uma das maiores autoridades em assuntos transcedentais, quiçá a maior, a ponto de ter iniciado Mahatma Gandhi em pessoa na ciência da Kriya Yoga, a pedido deste.
Com um caráter firme e gentil, admirável amor a Deus e profundo respeito por todos os santos de todas as religiões, sua autobiografia emociona. É impossível não se apaixonar. A obra narra suas aventuras em busca de Deus e de todos os homens e mulheres santos que ainda viviam em sua época, independentemente de suas religiões. Ele amava, respeitava e reverenciava a todos.
Sem egolatria, paixões ou apegos, seu único objetivo era ajudar as pessoas a se lembrarem quem elas são, e conduzi-las de volta à casa do pai. É surpreendente como Yoganandaji reverencia e admira Jesus Cristo. Ele o cita o tempo todo, analisa seus ensinamentos, explana citações bíblicas, e mais que isso, mostra na prática, em sua vida cotidiana, como deveriam se comportar todos os cristãos, com amor, alegria e fraternidade.
Em 2014 foi lançado o documentário “Awake – A vida de Yogananda”, com o resumo de sua trajetória. A obra é escrita para todos, independentemente do credo ou profissão religiosa, pois não visa ensinar dogmas específicos de uma religião ou filosofia, nem tenta – ao contrário de tantas outras – convencer o leitor a abandonar sua fé, ao contrário, é um excelente estímulo a que cada um de nós, dentro da nossa fé e das nossas crenças, nos aproximamos mais de Deus, e busquemos verdadeiramente cumprir sua vontade, nos esforçando a cada dia, para sermos pessoas melhores.