Viver é metáfora

Eu preciso ser em muitas versões. A carcaça de tecidos é a metamorfose do meu ser, que busca saber sobre muitas coisas no mundo e estar em muitas coisas no mundo.

Eu naufrago, afogo. Descubro que cair na água é metáfora das boas.

Por isso eu preciso de muitas versões, uma pode morrer e as outras estarão ali. Não como bote salva vidas mas como espectadoras de algo desesperador e desconhecido.

Assim eu vivo.

Nem sempre eu me afogo.

Nem sempre eu percebo.

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