O Estado é o mais frio de todos os monstros frios
Estado é como se chama o mais frio de todos os monstros frios. E também mente friamente, pois que a mentira rasteja de sua boca: “Eu, o Estado, sou o povo.” Frederich Nietzsche
Uma das críticas ao Estado mais ouvidas é aquela que ataca o modus operandi dos seus governantes: o uso da mentira. Todos ouviram ou ouvirão alguma vez em suas vidas um familiar dizer que não existem políticos honestos e, se existem, são uma minoria e que em breve serão corrompidos ao se integrarem no governo. Lew Rockwell definiu em seu artigo O que é o Estado?, a principal causa dessas mentiras: (O estado moderno) trata-se apenas de uma disputa de poder entre quadrilhas, cada qual visando seus próprios interesses e os de sua base de apoio.
Há inverdade quando o Estado afirma que é o povo. E não há dúvidas. Essa afirmação vem dos porta-vozes estatais, governantes, e serve apenas de auxílio para a disputa de poder e interesses entre os políticos. Ora, por que governantes estão mentindo ao se denominarem como povo? Pelo mesmo motivo pelo qual não podemos nos denominar como parte do Estado: o povo sempre estará à mercê do poder estatal e abaixo dele. Um exemplo disso no cotidiano é na espera de reformas em colégios públicos, de filas em hospitais públicos ou de processos judiciais.
Nós, governados, não podemos aplicar uma força mágica que acelere os serviços burocráticos estatais que, claro, são financiados com dinheiro expropriado de indivíduos pacíficos. Além disso, não é possível ter cada uma de nossas vontades sendo satisfeitas por uma minoria que compõe o Estado pelo fato de ser improvável que a força estatal não seja utilizada além de interesses individuais dos governantes. Tudo que o Estado tem é roubado e, sob a ótica libertária, o Estado per se é fruto do roubo. Isso inclui o território obtido por ele, através da agressão ou da reivindicação verbal. A expansão marítima europeia onde Portugal e Espanha dividiram, verbalmente, o território brasileiro entre si através do Tratado de Tordesilhas é um bom exemplo desse meio de aquisição territorial ilegítimo.