Violência doméstica

Não é apenas o ataque físico e os alarmantes casos de feminicídio, existe uma violência sutil, mas não menos agressiva, que mantém a mulher oprimida e silenciada, inclusive na camada familiar mais próxima. É uma tortura psicológica e emocional na eterna obrigação de se doar, ser cuidadora de todos e ainda assim, a culpada pecadora do início da criação. Essa agressão começou longe, lá no inconsciente coletivo histórico social e espiritual, onde Deus/Jesus é criador/salvador. Não creio nesse criador longe, opressor que julga e pune, e sim cada um de nós criamos a própria conduta e nos responsabilizamos pelas consequências inevitáveis. Ser mulher numa sociedade predominantemente machista, governado por homens (estúpidos), já é uma luta e conquista diária, dura e clara em desvantagem e submissão. A mãe natureza é cíclica, generosa e amorosa, se renova diariamente numa conexão verdadeira da essência maior, numa sensibilidade absurda de gerar e dá a Luz ao novo corpo. Não é questão de ser melhor ou pior, homens e mulheres não precisam competir, apenas se respeitar, se reconhecer como parte do todo, e assim, cuidar um do outro com afeto, compaixão e liberdade. Só o amor verdadeiro, o além da carne, pode curar essa desarmonia universal, o mundo está doente pelo autoritarismo, egoísmo, e a violência tão maléfica, que afeta principalmente mulheres e crianças.