Algumas considerações sobre a minha filosofia _ 7
Todas as conformidades são por indução, tendo em vista, uma estruturação lógica, ou melhor, semântica o mais próximo possível com as premissas e proposições, aceitar pelo senso comum, pelo vulgo, as conclusões desejadas, haja vista, o pragmatismo. E tudo isto é feito tendo como determinante ("o significante") a empatia, que é o fundamento do signo (nesta perspectiva), trazendo, assim, os elementos de interseção em todos os humanos (constantes no ser humano, ao que poderíamos chamar de natureza humana), que é a dimensão da angústia, o que nos é faltante. Todas as formas são abstrações das abstrações, isto é, o falar sobre algo sem saber do que este algo é ao estar falando. Todas as imagens são fenomênicas, pois se estruturam, a priori, no real dado (experiência do fenômeno). Todas as palavras são inúteis se não levadas em conta como algo determinante a priori, assim como a experiência (sensação, o que Schopenhauer denominou de percepção, tendo em conta, que o 'conceito não abstrato' (termo meu) é, ainda assim, um conceito). Todo fenômeno aponta de fato para o suprassensível, mesmo o transcendental não sendo o de Kant, e sim o metafísico de fato (o mais próximo da escolástica). Todas as analíticas são também sintéticas, e todas as sintéticas são não infinitas, portanto, insuficientes. A soma dos fatos é o 'possível pensar do devir', não é uma economia da razão, mas o melhor que pode-se fazer (verossimilhança pela teorética o mais próximo possível do real concebido). As qualidades sensíveis (conforme Diderot) são concebidas, mesmo a sua quidade estando resguardada. A adjetivação se faz necessário como pré-requisito para a descrição. As qualidades são provenientes da estrutura, porém, a estrutura é material, convém-nos questionar o que vem a ser a matéria.
Semelhante ao que Plotino pensava sobre a percepção das afecções, onde para ele a percepção não seria a dor, e sim o conhecimento da dor, afirmo que, a percepção, neste exemplo, seria a consciência da dor. A mente é o que Plotino chamou de intelecto e a intelecção superior é a substância pensante, a verdadeira determinante. Toda estruturação linguística, consciente e inconsciente, está sendo influenciada por esta instância direta ou indiretamente, ou seja, em seus diferentes graus de atuação/manifestação. Plotino não recai no mesmo erro apontado por Aristóteles em relação a díade dos pitagóricos, porém, a sua volumosa esquematização, como diferentes percepções, intelecções e a sua fraca conceituação no que se refere a matéria, o devir (assim como Platão), não só nos indica o dualismo absoluto, mas um excesso de monismo que nos conduz ao ascetismo, não atoa, pois como diria Aristóteles, "Um mestre em qualquer arte evita o excesso e a falta, buscando o meio termo e escolhendo-o."