Para que servem os livros?
Confúcio (552-489 a.C.) disse sobre o povo: “Guie-o por meio de editos, mantenha-o na linha com punições, e o povo se manterá longe de problemas, mas não será capaz de sentir vergonha. Guie-o pela virtude, mantenha-o na linha com os ritos, e o povo, além de ser capaz de sentir vergonha, reformará a si mesmo”.
Mais tarde, Aristóteles (384-322 a.C.) escreveu que: “Não é, pois, por natureza, nem contrariando a natureza que as virtudes se geram em nós. Diga-se, antes, que somos adaptados por natureza a recebê-las e nos tornamos perfeitos pelo hábito.”.
Mesmo se levarmos em conta que “verdades” não existem, que são apenas “opiniões pessoais”, se tivermos um mínimo de boa vontade, temos que concordar que os pensamentos nas frases acima fazem sentido.
Uma sociedade composta por indivíduos virtuosos não precisa de uma infinidade de regras ditando como eles devem se comportar.
Na atualidade, existe um número considerável de pessoas que, a partir de “verdades incontestáveis” querem através de um número cada vez maior de regras e leis, dirigir cada passo, cada gesto e cada palavra dos indivíduos com o “santo” propósito de construir uma “sociedade perfeita”.
Para completar o absurdo desse propósito, essas regras e leis são via de regra elaboradas por pessoas sem virtude nenhuma.
Em quais “verdades” vamos acreditar?
Nas dos sábios que ajudaram a Humanidade a dar os primeiros passos em busca da razão ou nas dos “sábios” formados em escolinhas de “Humanas”?