A ETERNA ESPERA POR TIÃO
Foi dada a largada para as campanhas eleitorais deste ano, o qual deve ter as eleições mais disputadas de todos os tempos no país. Mas como sempre, a mentalidade do eleitor brasileiro não muda e mais uma vez a espera pelo "rei".
Em 1578, Dom Sebastião, rei de Portugal, é morto na batalha de Alcácer-Quibir e, após a sua morte, o povo português continuou durante séculos com a crença quase mística de um possível retorno de seu rei com a missão de levar a nação de volta aos tempos de glória. Por conseguinte, a crença messiânica atravessou o Atlântico e veio parar aqui nas terras tupiniquins, então colônia, porém, com alguns agravantes!
A nossa cadavérica república contribuiu para que nosso povo não mais pensasse na figura do monarca que morreu de forma corajosa em uma última cruzada, mas sim na figura do presidente e com a estupidez do "rouba mas faz/fez". Meu Deus!
Se os portugueses tinham Dom Sebastião como herói, aqui ficou o vulgo "Tião", que o povo fica na eterna espera por ele ou pela sua volta.