FINALMENTE DESCOBRI QUE AS AMIZADES ANTIGAS SÃO MAIS IMPORTANTES E SINCERAS
O tempo atualmente está correndo muito rápido, quando damos fé já é o final do ano e nós ainda estamos empolgados com o réveillon, com o carnaval, o São João. Aí começa tudo de novo, réveillon com a explosão de fogos de artifício, festas de momo, animações juninas, tudo como a gente estava acostumado. Mas está tudo vindo muito rápido, não está dando tempo para uma reflexão, uma tomada de consciência, um descanso por pouco que seja. É uma coisa em cima da outra, quando penso que vou dar um tempo nos meus compromissos, nas minhas escritas para o Recanto das Letras, lá vem festas, comemorações, o escambau. E a gente tem que seguir o bonde senão ele passa por cima.
Eu lembro quando era menino, que estudava, para o fim do ano chegar parecia uma eternidade. Era uma longa espera, pode crer. O tempo dava a impressão que não corria e nem andava, caminhava lentamente tal um velho pela rua com uma bengala. É isso mesmo, não pensem que estou inventando coisas, é a mais pura verdade. Eu torcia para que o ano passasse logo, que chegasse o outro ano para ver se alguma coisa boa acontecia, mas infelizmente tinha que acompanhar aqueles passos de tartaruga do senhor tempo, esse que hoje corre que nem um desesperado, como aquela criança peralta que fez uma arte e correu para não ser vista.
Diante dessas transformações do tempo e mesmo sem muita oportunidade para reflexões, consigo ainda rememorar o quanto eu fui feliz em épocas passadas. Posso até afirmar que vivi intensamente a minha infância e adolescência, tive bons amigos de brincadeiras sadias e jamais conheci o estresse, tão abrangente hoje em dia na vida das pessoas de uma forma geral, independente da idade. Lembro de um amiguinho que tive aqui no Recife, o Zedio, que morava perto de minha casa, uma amizade que durou desde a infância até o início da adolescência, quando ele e sua familia foram embora para Petrolina, interior de Pernambuco, hoje uma cidade muito próspera. Nunca mais vi esse amigo. Porém outros amigos foram surgindo e preenchendo o espaço daquele que se foi. Um deles é o Orlando, que morava no interior e passou a residir no Recife, só que ele morava (e ainda mora) no bairro de San Martin. Estudávamos num colégio situado em Afogados e mantínhamos uma amizade muito sincera, quando nos visitávamos mutuamente e nossas famílias ficaram se conhecendo. Outro que marcou presença foi o Barrett, também do nosso bairro, uma amizade que durou muitos anos e só foi interrompida porque ele teve que se mudar para Salvador, onde até hoje reside. Os anos se passaram e a gente acabou perdendo o contato, mas por uma felicidade do destino nos encontramos e brindamos esse encontro, que foi praticamente por acaso durante uma viagem que fiz a Salvador. Eu o vi no centro da capital bahiana e o reconheci, ocasião em que relembramos os áureos tempos da nossa juventude.
Outro bom exemplo de uma amizade duradora aqui no Recife foi o Solano, este um pouco mais velho que eu mas que representou uma forma saudável de vivermos a vida. Atualmente Solano mora no Rio de Janeiro e como tenho parentes nesse Estado, sempre que visito a minha família faço questão de fazer-lhe também uma visitinha para relembramos os tempos idos de nossa sincera amizade.
Hoje eu fico só imaginando o que fui no passado, repleto de bons momentos com boas amizades. Nesses dias atuais é muito difícil compararmos o grau de amizade dos nossos amigos e conhecidos com aqueles que viveram nos tempos remotos.
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Esta é uma história de ficção, porém com uma pitadinha de verdades. Os nomes dos personagens coloquei para homenagear alguns amigos aqui do Recanto das Letras onde um lê o texto do outro. Aqui estão os homenageados:
Zedio Alvarez
Barrett
Orlando Santos (santosorlando)
Solano Brum