Mundo interior
Eu costumava olhar pela janela à noite, numa casa de um cômodo apenas, e imaginar que as luzinhas das ruas fossem estrelas e que, quando eu descesse o morro, poderia chegar bem perto e ser luz junto com elas...
Rio sozinha das mil histórias mentais que aliviaram cada sofrimento com que a vida ia lançando caminho afora.
A fantasia sempre acompanhou meus passos!
Me impulsionou a um subconsciente onde eu podia tudo, bastava me manter de pé.
E assim cheguei ao topo de mim mesma: saltitando por um mundo de espinhos, como se fossem pneus do parquinho da minha escola primária, me divertindo mesmo diante de grandes chances de uma queda doída nas pedras, enquanto sorria.
Só ria.