Eu, você e o vento
De vez em quando o vento vem me visitar e relembrar daquele dia em que nos assistia, enquanto soprava sem pretensão alguma; ele diz sobre aqueles momentos de entrega mútua, inegociáveis, os quais pensávamos que existiam apenas em sonhos, até nos encontrarmos. Diz lembrar sobre quando passava por nossos ombros, sobre nossos cabelos, enquanto apreciávamos um beijo lento e macio, que não pretende ter fim. Até por desfecho lamentar, por não mais ter alguém que divague sobre seu caso com certa palmeira, mas entende, pois sabe que assim como ele passa por entre cidades e campos, pessoas passam umas pelas outras, trazendo consigo suas brisas e as levando embora…