É triste quando morre um humorista

Não sou de escrever sobre celebridades, mas não poderia deixar de falar do Jô Soares.

Ele com toda certeza foi um ícone do humor brasileiro. É uma pessoa insubstituível, eu o comparo com o Chico Anísio, que também foi uma perda irreparável. Eu sempre assisti aos seu programas, ria até doer a barriga. Ainda que a maioria não é da minha época, eu assistia no canal Viva que passava as reprises.

É um tipo de humor descontraído que não se vê mais hoje, com essa ideia de politicamente correto.

Eu vejo que muitos programas de "humor" de hoje , são muito desrespeitosos e não são tão censurados como os antigos.

Além de um grande humorista, era também um escritor e intelectual de alto nível.

Lembro-me quando eu era adolescente e li o seu livro: " Assassinatos na Academia Brasileira de Letras", uma leitura envolvente do início ao fim. O livro ainda está ali na minha instante, comprei-o no lançamento, me dei conta hoje que o tenho há 17 anos. Hoje é pra mim o símbolo de que o autor morre, mas sua obra é imortal.

O humor tem o poder de nos arrancar risos da própria realidade, traz uma leveza pra alma.

E com a irreverência de Jô Soares, em tratar de assuntos sérios fazendo piada era única.

Nos tempos de criança, eu corria pra casa após a aula pra ver o programa: "Os trapalhões", era o meu programa preferido.

Sempre gostei de programas de comédia.

Hoje assisto bem menos, pelo Youtube vejo algumas apresentações de Stand up, e revejo alguns episódios de "Viva o Gordo" entre outros programas do Jô.

Não tem mais na TV hoje, um programa com toda aquela produção do " Viva o Gordo", que era um fenômeno.

Vai deixar saudades, os fans ficam órfãos, porém agradecidos pelo trabalho excelente que ele deixou.

Descanse em paz! Um beijo pro Gordo!

Abreu Lima
Enviado por Abreu Lima em 06/08/2022
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