Crescer significa, antes de tudo, autodesafiar-se por intermeio da ousadia que é submeter-se ao risco do movimento, no mais digno e ousado sentido que a palavra "risco" pode assumir: transpor-se da angústia refletida na mesmice de um lago de águas estagnadas à confluência de correntezas que somente as águas vorazes de um rio ou as quedas de uma cachoeira são capazes de impulsionar. Cair, nesse sentido, não significa perder-se ou ser vencido em uma batalha, mas sugere a reunião de forças que nos conduzem à auto(re)construção.