Mulheres não são costelas
Mulheres não são costelas! A nossa alma é vida, energia, amor e sabedoria.
Do ventre sagrado damos à luz! Não apenas a homens e mulheres, mas a civilizações, humanidades, deuses e naturezas ainda ocultas. Nós somos capacitadas com a grande generosidade de dar e manter a vida.
A nossa luta não consiste em ter uma igualdade social condicionada à aprovação dos homens, mas a buscar em nós mesmas a identidade que perdemos ao longo da história.
Recordemos que não é preciso ser como o homem, não faz falta ser homem para ser herói! Podemos ser grandes heroínas e guerreiras quando descobrimos pelo que lutamos… Ah… quando essa força é intuída da alma, ela é irrefreável, tremenda, capaz de colocar em ordem todas as coisas.
Façamos então uma jornada para conquistar a alma da mulher. Lutemos por nós mesmas todos os dias, lutemos para libertar a nossa alma dessa prisão de mentiras. Assim como a mulher selvagem se recolheu na caverna antes de correr com os Lobos, que possamos enxergar nossos ossos e dar vida aos fósseis adormecidos em nosso interior à medida em que nos nutrimos com a verdade que romperá a separação da alma.
É doloroso ir no fundo de si, encarar as dores, os medos, os monstros, mas também é lá que encontramos nossas virtudes, nossas qualidade e nossa natureza. Por que o que é o amor na mulher ?
Senão “Uma espada de dois gumes: se o amor é pequeno, com minúsculas, converte-se num amor egoísta, possessivo; é o medo de não ser amada antes de amar, de não ser valorizada antes de valorizar. Mas se o Amor lhe desperta como Alma, então é a grande capacidade de união, é o fogo do lar, o fogo do centro da terra, do centro do templo. A mulher une, tem a capacidade de coesão, de aglutinar, de dar-se bem com pessoas, almas, de colocar de acordo aqueles que não estão: seu Amor é uma grande generosidade. O seu Amor é a capacidade de perceber a Beleza, a Harmonia, de lutar pela Justiça.”
Que encontremos esse amor Maiúsculo minhas irmãs! Porque é urgente a necessidade de harmonia, justiça e beleza em nosso mundo. É urgente nos tornarmos as mulheres que somos.
Ser mulher não é uma maldição! Ainda que o patriarcado deixe no anonimato milhares de irmãs que construíram legados importantíssimos para a humanidade, elas existiram, ainda existem e podem ser despertadas dentro de nós.
Não se trata de uma guerra por oposição. Acredito que toda mulher carrega em si um pouco do homem e da mesma forma o homem um pouco da mulher, não em estereótipo, mas em completude de energia, como um yin yang, afinal somos filhas da Deusa, mas temos Pai.
Quando compreendemos essa verdade nos libertamos das carências e de tudo mais que for minúsculo porque passamos a nos aceitar em plenitude, em maiúsculas, em alta visão. E é lindo ver quem somos em nossa verticalidade.
Por fim, se assim aceitarem minhas irmãs, entrego-lhes esses três conselhos:
Primeiro, vá ao fundo de si mesma e resgate-se.
Segundo, aceite quem você é de verdade e torne-se essa mulher.
Terceiro, nunca esqueça esses dois conselhos.