Primeiro eu
Não ame tanto os outros a ponto de se esquecer de você mesmo, porque nesse ponto eles também lhe esquecerão, ou pelo menos lhe verão com desdém.
Se cuide! Se ame!
Muitos lhe condenarão, assim como à escrita desses pronomes antes dos verbos. Contudo, nessa regra, você deve vir antes de suas ações, esqueça o que os outros pensam.
Com isso não quero dizer que não devemos amar plenamente, apenas que não devemos amar tanto a outros até que não tenhamos espaço no peito para amar-nos a nós mesmo, e, embora deveria ser assim para com todos sabemos que é compreensível que essa medida transborde quando se trata dos nossos filhos ou dos nossos pais, mas, até para com esses, excetuando aquelas situações em que morreríamos por eles sem hesitar, até para com esses ainda que não se consiga na prática, deveríamos amar-nos a nós mesmos antes de amar aos demais. Amar-se a si mesmo não pode ser sinônimo de egoísmo, talvez por essa confusão de interpretação é que muitos vivem uma vida de angústia, sacrificial, porque entendem que amar é só doação, nunca recebimento, entendem que amar é sofrer, nunca usufruir.
Amar-se a si mesmo pode ser uma das coisas mais difíceis que alguém necessite aprender, porque há ainda um outro equívoco que precisa ser desfeito amar mais a si mesmo não significa amar menos aos outros, significa que você se vê também, ao invés de somente ver aos demais. Significa que você é reconhecido quando valida se a si mesmo e não quando se anula, significa que você só deve amar ao próximo como ama a si mesmo e que se a medida do seu amor próprio não for sua referência, a necessidade de se reconfigurar pode ser bem grande, e perceber isso é um grande passo para uma vida mais plena.