Ainda há tempo...

Tênue bagagem. Feito pluma, desliza e, ainda assim, não passa desapercebida entre a multidão.

Que força é essa? donde vem? Ignora olhares e segue. Sabe o que quer, sabe onde vai.

Não há força que impeça, não há rajadas que mudem o caminho..deterrminada está.

Caminha sobre pedras, atravessa rios, mares e oceanos, busca horizontes.

À cata dos sonhos esmiuçados pelo tempo, está. Ao longe encontra o que tanto busca. Encontra sua identidade, esquecida no tempo que nao lhe fora permitido viver. Recupera e um sorriso aflora-lhe no rosto macilento.

Ainda há tempo, pensa. Repousa a cabeça no peito há muito tempo rasgado, e feito concha fecha-se em pensamentos tardios.

Ainda há tempo...

Carmem Lucia
Enviado por Carmem Lucia em 28/11/2007
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