Ainda há tempo...
Tênue bagagem. Feito pluma, desliza e, ainda assim, não passa desapercebida entre a multidão.
Que força é essa? donde vem? Ignora olhares e segue. Sabe o que quer, sabe onde vai.
Não há força que impeça, não há rajadas que mudem o caminho..deterrminada está.
Caminha sobre pedras, atravessa rios, mares e oceanos, busca horizontes.
À cata dos sonhos esmiuçados pelo tempo, está. Ao longe encontra o que tanto busca. Encontra sua identidade, esquecida no tempo que nao lhe fora permitido viver. Recupera e um sorriso aflora-lhe no rosto macilento.
Ainda há tempo, pensa. Repousa a cabeça no peito há muito tempo rasgado, e feito concha fecha-se em pensamentos tardios.
Ainda há tempo...