A Chuva...
A chuva...
Essa que vem banhar-me de pensamentos, desembocando sobre a planície de minha estupidez. Provocando enchentes e deslizamento de textos sem sentidos.
Garoa de insensatez, refresca minha alma causando frescor nesse corpo insólito, habitual morada de tantos sentimentos ora nebulosos, noutra impensados.
Preencho o árido terreno com a calmaria de um lago paisagístico, mas, que no fundo, guarda uma lama viscosa e podre, configurando em sorrisos e abraços, o punhal o qual escondo.
A vida. Brisa sob torrenciais acúmulos de lixo, luxo que exalamos por tantos mendigos vestidos de Pirita e frande o ouro de tolos de tantos tolos neurais.
Essa chuva molha esse canteiros de conquistas fúteis, esquecendo de banhar os cantos desertos de uma alma sedenta por um gole de amor.
Texto: A Chuva
Autor: Osvaldo Rocha
Data: 21/07/2022