O resultado das terapias: Produzir e manter loucuras
Saiu uma pesquisa no DATASUS dizendo que explodiu os casos de depressão, ansiedade e suicídio no Brasil. Isso ocorre justamente numa época em que, cada vez mais, vem se popularizando psicoterapias de todos os tipos e diversos tratamentos com drogas para transtornos mentais.
Particularmente, eu acredito que esse excesso de tratamentos e de terapias acaba criando um efeito de sugestão pernicioso. A pessoa começa a achar normal ter um ou vários transtornos mentais e ter que ficar fazendo inúmeros tratamentos para saná-los. O esquisito desta história é o homem mentalmente são, que encara os problemas da vida de frente, sem a necessidade de utilizar fármacos e de ter um terapeuta na orelha dizendo o que você deve fazer.
Sobre as terapias, eu considero bastante problemático essa prática de ficar escavando supostos traumas do passado. Além de escavar, o terapeuta faz diversas associações, sem relação de causa e efeito, entre os problemas presentes com problemas pretéritos, já superados e esquecidos. Ficar trazendo velhos “traumas” já superados à tona, conferindo-lhes uma importância desproporcional, cria uma sensação de impotência e desespero no paciente de tais terapias. Pois o paciente sente-se impotente diante do próprio inconsciente doentio. Atordoado pelo caos interior, incapaz de se guiar nas brumas de suas próprias confusões e de decidir os rumos da própria vida, o paciente cria uma relação de total dependência com o terapeuta. Por isso, é bastante comum ver tais pacientes agindo como crianças perdidas, tendo que consultar subservientemente o terapeuta sobre cada passo que devem dar em suas vidas. Enfim, este é quase sempre o resultado dessas terapias: Produzir e manter loucuras. Realmente, não sei como mergulhar a mente de um homem num caos hipertrofiado pode ajudar em algo.