I-LI Jaezes de vida e morte
É um espetáculo
minha insistência de sentir o que não quero viver.
Quando prendem-me com tantas correntes,
sinto-me tão livre quanto fui aos treze.
Pelo menos rimos quando caímos,
definhamos enquanto nos amamos.
Sinto o mundo impressionado por sermos
cada vez menos quando mais nos gostamos.
Mal sei a origem do que me faz incontestável,
mas sinto-me seguro sobre tudo que me trouxe ao báratro.
Não é como quando vivemos para aprender, ou morremos para voltar a crer,
é como sentir-se enganado sobre o que é dito de você,
sem mar que se abra por aquilo que crê.
Não faço por diversão, por rebeldia ou por fé.
Não faço por mim, e não me atreveria a fazer por você.
Faço por um racional instinto que persevera.
Como lhe disse sobre as japonesas velas entregues ao mar,
sinto ser eu o único audaz a me guiar.